A Escola Maquina de Guerra como configurações de resistência ante a Escola Instituição
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O filosofo francês Gilles Deleuze desenvolve o conceito de Maquina de Guerra, o qual faz referencia às configurações de resistência que se dão diante da emergência do Estado. Se a Escola como Instituição faz parte do Estado, é possível que nela apareça este tipo de resistências. Sendo assim, a pedagogia teria que analisar como estão acontecendo esses processos de resistência. Será tal vez uma nova pedagogia? Pode ser, e isso seria porque estaríamos falando de uma nova escola, quer disser, não da Instituição que tende a reproduzir patrões de comportamento e modelos de pensamento, senão da que se resiste a ela, da escola que é capaz de produzir cultura e para a qual temos construído o conceito de Escola Maquina de Guerra. Ao reconhecer a existência da Escola Maquina de Guerra, se faz possível ver que a Escola Instituição só existe para se apropriar dela. Todos os dispositivos escolares institucionais vão encaminhados nisso, mas a Escola Maquina de Guerra sempre volta e aparece, irrompe no espaço estriado para estabelecer, ainda que só seja de maneira efêmera, fugaz (e assim tem que ser), um espaço limpo. Todos têm conhecido e vivido a Escola Instituição. Podemos saber da sua estrutura, seus componentes e seu funcionamento, mas no interior de tal escola tem outra que regularmente não percebemos ou que pretendemos desconhecer, uma que eventualmente aparece, que resiste e combate à Escola Instituição, é a Escola Maquina de Guerra, na qual também é possível visibilizar um novo Maestro. Tal Escola se configura de diferentes formas, aparece em diferentes lugares, desterritorializa, desaparece, algumas vezes sem deixar rastro, e nos convida ao mesmo tempo a construir uma nova pedagogia.
- Escola Maquina de Guerra
- Escola Instituição
- Estado
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- Civilização
- Resistencia
- Maestro bruxo
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